terça-feira, 6 de setembro de 2011

278° ao 281°


À MEIA LUZ (1944)
Idioma: Inglês
Direção: George Cukor

A bela e ingênua Paula Alquist conhece o vivido Gregory e, após um curto namoro, se casam eles e passam duas semanas de lua-de-mel na Itália, onde Paula estudou ópera. Voltando a Londres, o casal se muda para a casa de uma tia de Paula, que foi uma famosa estrela de ópera e que também foi morta misteriosamente, sendo que Paula encontrou seu corpo quando ainda era criança. Entre os criados há Elizabeth Tompkins que cozinhou para a família durante anos, e Nancy Oliver , uma empregada que se insinuou para Gregory no minuto em que ele entrou na residência. Gregory logo ordena que a parte de cima da mansão seja lacrada e explica a Paula, que este ato é para o próprio bem dela, pois foi lá que sua tia foi assassinada. A partir de então Paula começa a perder coisas, sendo que Gregory fala para ela que seus lapsos de memória estão começando a perturbar a vida social deles. Ele revela a outros que a mãe de Paula morreu em um manicômio. Em uma reunião social onde Gregory reprova Paula pelo comportamento irregular dela, ambos são observados por Brian Cameron , um detetive da Scotland Yard que se interessa pelo casal e começa a fazer investigações sobre o assassinato não solucionado da tia de Paula. Miss Thwaites uma fofoqueira, dá informações sobre os hábitos do casal, o que aumenta as suspeitas de Cameron em relação a Gregory. Cameron tenta ver Paula em particular, mas é impedido várias vezes por Gregory, que está sempre alerta. Quando Cameron tem finalmente êxito, ela está à beira de um colapso nervoso. Paula explica que ela nota que a luz de gás nos quartos dela fica instável e diminuta, mas ninguém mais nota isto e ela acredita que é outra alucinação. Enquanto falam a luz de gás escurece e Cameron confirma isto. Ele então acha coisas perdidas por Paula, trancadas na escrivaninha do marido dela, juntamente com uma carta que Gregory aparentemente escreveu há vinte anos atrás para a tia assassinada de Paula. Um filme marcante, visto que se trata de um questionamento sobre até onde a ambição leva alguém. Interpretação e direção excelentes, um trabalho artístico maravilhoso e principalmente um tipo de filme que não se realiza mais no cinema.
Nota:9




ARIZONA NUNCA MAIS (1987)
idioma: inglês
Direção: Irmãos Coen

É o mais cômico e despretensioso de todos os filmes dos Coen, uma atmosfera mais leve, mais luminosa. O resultado é ótimo, embora estacione num patamar um pouquinho mais baixo do que o alto nível habitual alcançado pela dupla Uma das características mais importantes do longa-metragem é o clima de gozação com as idiossincrasias dos moradores do meio-oeste dos Estados Unidos os caipiras, chamados por lá de “rednecks”. No filme de estréia, Joel e Ethan já brincavam com o tema, mas aqui ele é elevado à condição de fonte principal das piadas, que são de excelente qualidade. Desde então, admiradores do cinema da dupla oficialmente, se acostumaram a encarar as brincadeiras espirituosas e ao mesmo tempo carinhosas com a porção rural dos EUA como parte fundamental do trabalho deles,A história gira em torno de um casal inusitado: um assaltante pé-rapado de lojas de conveniência e uma rígida policial. O longo prólogo de dez minutos explica que eles se apaixonaram durante os freqüentes encontros na delegacia da cidadezinha onde moravam, cada um de um lado da lei. Os dias de felicidade radiante, porém, acabaram quando Edwina descobriu que era estéril e não podia ter filhos. No desespero que se segue, o casal decide que uma boa solução para o problema é roubar um dos gêmeos quíntuplos do próspero comerciante local Nathan Arizona. A decisão desastrada atira o casal numa série inesperada de confusões. Eles perdem o controle da situação, de maneira que no terceiro ato, todos os personagens estão tentando pôr as mãos no adorável bebezinho, que assiste a tudo com olhos curiosos.As principais virtudes do filme estão nos diálogos impagáveis. Em certo momento, um personagem entra num armazém e pede por bolas de soprar. “Tem daqueles tipos que ficam com um formato engraçado quando cheios?”, pergunta. “Desde que você ache engraçado a forma redonda”, responde o vendedor, na maior seriedade.
Nota:8





AGORA SEREMOS FELIZES (1944)
Idioma: Inglês
Direção: Vincente Minnelli

Os musicais de Minnelli são conhecidos por sua leveza, simplicidade e canções que, ao meu ver, não são muito marcantes, mas não deixam de ser adoráveis. Agora Seremos Felizes é um desses casos, um musical descontraído que tem Judy Garland como seu melhor atrativo. Vamos a história: Esther é uma das quatro irmãs de uma típica família americana, eles vivem em St. Louis e o ano é 1903, ela é apaixonada por seu recém-chegado vizinho e sua irmã mais velha, Rose, está esperando um pedido de casamento, há também a irmã mais nova que parece adorar a cidade mais do que os outros, embora ela consiga ser insuportável na maior parte do filmeporém tudo muda quando o chefe da família decide, por razões de trabalho, se mudar para Nova York.O enredo é bem simples e por se tratar de um musical, consequentemente não é bem desenvolvido. Os filmes musicais de Minnelli tem o desenvolvimento ainda mais simplório do que o esperado, mesmo quando falamos desse tipo de gênero. O romance entre Esther e seu vizinho é bastante sem sal, e não há nenhum conflito propriamente dito. A trama é mais um pretexto para os números musicais, que por sinal são bem agrádaveis, canções como 'Meet Me in St. Louis, Louis', 'Have Yourself a Merry Little Christmas ' e principalmente 'The Trolley Song' fazem a película valer a pena, e claro, a encantadora Judy Garland no auge de sua beleza. Foi nesse filme que Minnelli conheceu a atriz, que se tornaria sua esposa. Apesar de simplicidade, é impossível não deixar de admirar o charme desse musical da Era de Ouro de Hollywood, o espectador sente o amor com o qual essas produções foram feitas, é uma sensação que nunca será sentida nas obras atuais, existe uma mágica inexplicável nessa época do Cinema. É também interessante notar um aspecto histórico no filme: quando a família descobre que irão se mudar para Nova York, ela fica apreensiva pelo fato das pessoas de lá morarem em "apartamentos apertados", bem diferente das casas espaçosas de St. Louis, Nova York já parecia uma 'loucura' em 1903! Imaginem essa família transportada para os dias atuais?
Nota:9





ALIENS, O RESGATE (1986)
Idioma: Inglês
Direção: James Cameron

Depois de um sono de cinqüenta e sete anos, a única sobrevivente de uma tragédia espacial descobre que o local onde tudo ocorreu com sua nave foi colonizado e, apesar das pressões, ela decide retornar para salvar as setenta famílias lá existentes. Como era de se esperar, esse "Aliens, O Resgate" perde toda a eficiência em suspense inteligente criado no "Alien, O 8º Passageiro", do Ridley Scott e de 1979Esse aqui serve como uma diversão rápida e rasteira, como é de costume nos filmes do "Michael Bay II" James Cameron. Os efeitos e explosões são os grandes destaques, enquando que o clima profundo que o Ridley criou nos deixa sufocados e apreensivos quando aparecia a criatura nesse ficamos torcendo para ver pedaços voando para todos os lados. E é exatamente o que acontece, o filme vira uma aventura descerebrada que parece mais um joguinho de videogame. O primeiro dava para facilmente levar a sério, mas esse se levar a sério estraga! O filme é divertido sim, só que perde o "ESPIRÍTO" de ficção. O filme é uma ficção mas poderia ser qualquer outra coisa que não mudaria nada! Em um filme do tipo temos que aceitar algumas coisas estranhas, mas aqui tem cada coisa que foge a qualquer lei da física e da lógica! O final é dos piores possíveis quando se é para acreditar, mas diverte quando é para esquecer a cabeça em casa! O James Cameron não é nem 1/3 do que é o Ridley Scott, fazer uma comparação com afinco é até injustiça e pecado. Enquanto o Scott nos deixava com medo e angustiado com a situação dos tripulantes o James Cameron joga efeitos e muito barulho e personagens bem forçados na trama, que não assusta (perde o charme do primeiro), mas apenas diverte! James Cameron só consegue mérito se formos compará-lo a seu "irmão gemeo" Michael Bay! Aliens, O Resgate é uma aventura. Assista com um belo balde de pipoca e um copo bem grande de guaraná para durar até o final, senão o filme perde a graça,esperava algo bem diferente desse filme,não tem o clima sombrio de primeiro.
Nota:8

Nenhum comentário:

Postar um comentário