quarta-feira, 7 de setembro de 2011

292° ao 301°


A VIDA DE ÉMILE ZOLA (1937)
Idioma: Inglês
Direção:William Dieterie

Um filme apaixonado pela justiça social, é baseado em fatos reais.Um escritor que lutou a vida todo por justiça vence na vida e tem na velhice uma vida segura e confortável, porem no exercito da França em 1894 uma injustiça é cometida, um homem inocente é acusado de traição pelo exercito porem após inúmeras tentativas de alguns amigos e da esposa do homem acusado erroneamente eles acabam descobrindo que o exercita sabe do erro , absolveram os culpados e não querem aceitar que erraram e deixa o homem na cadeia em uma olha distante.É ai que a esposa procura o famoso escritor e justo Zola para pedir ajuda e escrever para todos sobre a injustiça que acontece Paris.Ele a ajuda porem põe sua própria carreira em risco, após escrever artigos acusando o exercite de erro e injustiça ele é condenado a prisão, mas foge para Londres e lá continua a escrever e a alfinetar o exercito parisiense.
Depois de tantas acusações e do povo começar a se revoltar também o exercito resolve reverter a situação e se redimir perante a injustiça que cometeu, tiram o homem da prisão e o recebem novamente no exercito em seu antigo posto.No dia da celebração todos aguardam pelo querido Zola ,mas ele que na noite anterior esta escrevendo o que seria seu ultimo livro acaba morrendo sufocado por uma fumaça que saia da lareira no seu quarto.Apos a celebração segue a cena do enterro de Zola e segue mais um dos inúmeros discursos sobre justiça e humanidade que o filme trata.Um enredo muito bem feito com atuações bem convincentes, e recheado com esses calorosos discursos sobre justiça que sempre faz bem escutar.
Nota:9





O PODEROSO CHEFÃO (1972)
Idioma:Inglês
Direção: Francis Ford Coppola

Um filme perfeito em todos os sentidos, na atuação dos atores, no reteiro de Mario Puzo, na música de Nino Rota, na direção de Francis Ford Coppola a saga da família Corleone liderada por Don Vito Corleone em performance de Marlon Brando é um clássico unânime. Na parte dois, Al Pacino como Michael Corleone está impecável.O elenco de peso, incluindo a ainda promessa Al Pacino, e os já consagrados Marlon Brando e Robert Duvall, oferece atuações competentes, fazendo-nos esquecer de atuações patéticas como a de Al Martino como o cantor Johnny Fontane (inspirado claramente na figura do cantor Frank Sinatra), tão sem inspiração que nas cenas em que se exige uma emoção maior são suas costas que vemos, sendo a câmera focalizada em Marlon Brando, que está à sua frente.Os diálogos inteligentes acabaram tornando o filme uma espécie de manual de vida, sendo parodiados e usados à exaustão. É interessante verificar também que, de tão batidas, frases e cenas se tornaram conhecidas até mesmo por quem não viu o filme: "Apenas negócios", "nunca deixe alguém perceber o que você está pensando", "eu vou fazer uma oferta que ele não poderá recusar" são apenas algumas delas. E a trilha sonora de Nino Rota? A música não era inédita, já tinha sido usada em alguns filmes antes deste, mas Nino a refez para o filme, deixando-a mais lenta. Afinal, plagiar a si mesmo não é plágio, não é mesmo?O filme dura quase três horas, na maior parte de diálogos, com poucas movimentações: um filme basicamente de homens sentados discutindo sobre negócios e mais homens. Don Corleone e companhia traduzem tão bem uma simples família italiana que por vezes sentimos a tentação de fazer parte dela. Bom... pelo menos nos bons momentos de espaguete e festas. Seja para cumprir com suas obrigações como cinéfilo ou para constatar a genialidade de uma obra, O Poderoso Chefão torna-se item obrigatório para quem ama o cinema ou para quem somente deseja aproveitar o tempo vendo um bom filme. Ou seja, para todos.
Nota:10




ESPOSAS INGÊNUAS (1922)
Direção:Erich von Stroheim

Em Monte Carlo, um aventureiro, assumindo o nome de Conde Wladislaus Sergius Karamzin, vive uma existência de luxo na companhia de duas “primas”, Olga e Vera que se fazem passar por princesas, mas são de fato ex-condenadas, recentemente saídas da prisão. Com a ajuda de suas cúmplices, Karamzin passa adiante dinheiro falsificado e, para aumentar seus rendimentos, seduz mulheres ricas e faz chantagem com elas. Ele escolhe Helen , a esposa do embaixador americano, Andrew J. Hughes (Rudolph Christians, substituído após sua morte repentina por Robert Edeson), como sua próxima vítima. Maruschka, a criada que serve aos impostores, amante de Karamzin, pressiona-o para que se case com ela e, consternada com os fingidos problemas do “Conde”, entrega-lhe todas as suas economias. Mais tarde, enciumada, Maruschka põe fogo no aposento onde, simulando a necessidade de saldar dívidas de jogo, Karamzin induzira a mulher do diplomata a encontrar-se com ele. Quando chegam os bombeiros, Karamzin é o primeiro a saltar do prédio em chamas. A criada suicida-se, atirando-se ao mar. Olga e Vera são presas e desmascaradas. Depois de ser esmurrado pelo marido furioso, Karamzin procura refúgio na casa do velho falsário Caesare Ventucci, seu cúmplice, onde violenta a filha deste, Marietta uma adolescente idiota. O pai de Marietta o surpreende, mata-o, e joga o cadáver num bueiro.
Nota:9




PSICOSE (1960)
Idioma: Inglês
Direção:Alfred Hitchcock

No filme acompanhamos, Marion Crane, uma bela secretária que tem em mãos US$ 40 mil dólares, sua tarefa é depositar a quantia no banco, mas querendo viver com o seu amante, a moça decide fugir com o dinheiro. Ela foge de tudo e todos, com medo de ser descoberta. Marion para um estranho motel, longe da cidade de tudo e todos. Neste momento, entra em cena o personagem mais importante do filme: Norman Bates.
Norman, é um homem solitário, que vive para cuidar de sua mãe, em uma conversa entre ele e Marion, percebemos que o homem é um pouco fora do comum, vive uma relação tempestuosa de amor e ódio com sua mãe, e tem um estranho hobby de embalsamar pássaros. Eis, que no meio do filme, a cena mais lembrada do cinema acontece. Marion é assassinada a facadas no banheiro. Com o assassinato de Marion, seu amante, sua irmã ficam preocupados e a irmã de Marion, contrata um detetive particular para procurar Marion. O sumiço e o assassinato da moça, segue como uma verdadeira incógnita para todos, mas tudo leva ao Motel Bates, o único lugar em que Marion esteve em sua fuga. O filme é de 1960, época pela qual todos os filmes já eram em cores, mais Hitchcock, fimou em preto e branco temendo que a cena do banheiro, ficasse assustadora demais, mais um acerto, já que o filme em preto e branco apenas contribui para o clima denso que o filme carrega. Além do roteiro, ótima trilha sonora e uma perfeita direção, é impossível não destacar as atuações de completamente todos os atores envolvidos, é algo fora do comum, um elenco tão afiado como este, claro, destacando o ótimo desempenho de Janet Leigh e Anthony Perkins. "Psicose" não tem status e sucesso á toa, o filme fez por merecer, um clássico que sempre será lembrado como tal, uma aula de como é presenciar o cinema em seus mais diversos detalhes.
Nota:10




DRÁCULA (1931)
Idioma: Inglês
Direção:Tod Browning

Na noite sinistra dos "Walpurgis", após uma travessia de carruagem pelos Montes dos Cárpatos na Europa Central, o advogado Renfield chega ao castelo do Conde Drácula na Transilvânia. Sua missão é finalizar o contrato de aluguel de uma propriedade em Londres, a abandonada Abadia Carfax, para o Conde. Ele não sabe mas seu nobre anfitrião é um vampiro, que se alimenta de sangue humano e só pode sair à noite, seja como um humano, ou transmutado em um morcego, lobo ou mesmo uma espessa névoa. O Conde deixa Renfield inconsciente com uma droga misturada a um vinho, o hipnotiza e o transforma em seu escravo. Renfield cuida para que Drácula seja transportado em seu caixão por navio, o Vesta, até Londres.Ao chegar ao porto da cidade britânica, a tripulação do Vesta está toda morta e o único aparente sobrevivente é Renfield, completamente enlouquecido e se alimentando do sangue de pequenos animais. Ele é enviado a um manicômio, enquanto Drácula começa seu ataque aos londrinos.
Drácula atrai Mina Seward, filha do Dr. Jack Seward e que cuida do manicômio. Quando Mina passa a agir estranhamente, o Dr. Seward chama seu amigo, o Dr. Abrahan Van Helsing, que percebe que a moça foi vitimada por um vampiro. Ele encontra Drácula e logo o identifica como sendo a criatura que atacou Mina, pois o conde não reflete no espelho e sente repulsa por uma erva (que depois seria traduzido por alho). Então juntamente com o irmão de Mina, John, eles tentam impedir que o maligno conde continue com seus planos inumanos.O filme se tornou um clássico pela iconografia associada ao terror que criou e pela atuação ímpar de Bela Lugosi, que foi o melhor Drácula de todos os tempos. Fora isso, a direção de Tod Browning é muito irregular, as atuações do elenco de apoio não convencem e o roteiro promove um final insatisfatório. Se esse filme não contasse com a presença imponente de Lugosi, não teria conseguido boa parte do prestígio que possui hoje. Ainda assim, graças a Lugosi, Drácula é um clássico indispensável para os fãs do terror clássico e do horror em geral.
Nota:8





O TIGRE E O DRAGÃO (2000)
Idioma: Mandarim
Direção: Ang Lee

Com belíssimas cenas de artes marciais, conta a história do guerreio Li Mu Bai, que decide se aposentar e entregar sua espada mágica, a Destino Verde, a uma amiga em Pequim, a também guerreira Yu Shu Lien. Mas a espada é roubada e o casal se une para recuperá-la. A história de duas mulheres, ambas exímias lutadoras, cujos destinos se tocam em meio Dinastia Ching. Uma tenta se ver livre do constrangimento imposto pela sociedade local, mesmo que isso a obrigue a deixar uma vida aristocrática por outra de crimes e paixão. A outra, em sua cruzada de honra e justiça, apenas descobre as conseqüências do amor tarde demais. Os destinos de ambas as conduzirão uma violenta e surpreendente jornada, que irá forçá-las a fazer uma escolha que poderá mudar suas vidas Li Mu Bai lendário guerreiro e espadachim, volta para sua casa após passar tempos sob treinamento. Lá o aguarda outra lendária guerreira, Yu Shu Lien Chegando lá, Li Mu Bai decide aposentar-se e pede que Shu Lien, que está de partida para Pequim, entregue sua espada, a Destino Verde, considerada a melhor e mais sagrada espada de todos os tempos, para um velho amigo, Sir Te. No entanto, no mesmo dia que é entregue, a espada é roubada e tudo indica que a ladra é Raposa Jade famosa assassina que, entre vários, matou o mestre de Li Mu Bai. Este chega a Pequin e só então é avisado que sua espada foi roubada. O filme então deslancha, inicialmente puxado pelo roubo da espada para depois virar uma história de coragem, amor e traição. Ang Lee conseguiu dirigir um dos filmes mais belos de todos os tempos, ao meu ver. É de colocar lágrimas nos olhos as belas paisagens pelas quais nossos heróis passam em sua missão. Fora isso, o diretor consegue com sutileza incrível conduzir uma história leve, que é entremeada por selvagens lutas coreografadas. Tudo é tão perfeito, os movimentos tão sutis e delicados que todos não aparentam estar lutando. Aliada às belíssimas lutas está a imaginação do diretor, que voa longe assim como seus personagens, que literalmente voam por onde querem. É de uma beleza extrema ver Li Mu Bai e seu oponente lutando numa floresta de bambu, eles praticamente surfam por entre as árvores, em movimentos tão perfeitos que nem mesmo Tarzan chegaria perto de produzir. É isso que o filme mostra para o público, a sutileza de uma luta, a liberdade que é voar e a filosofia chinesa, o que é mais impressionante no filme. É emocionante, para não dizer tocante, as falas do filme, todas arquitetadas para produzir o máximo efeito. Mais impressionante é que o filme nem americano é... as falas nem mesmo em inglês são, é tudo em mandarim, o que é um grande obstáculo para que o filme conseguisse o mínimo sucesso, já que muitas pessoas não gostam de filmes onde a língua falada não seja o inglês. Mas tudo isso é ignorado quando o filme começa. É delicioso ver uma tão bela história, contada de uma maneira peculiar e única, por tão bons atores e por um excelente diretor. Em suma, "O tigre e o dragão" merece todas as 10 indicações que recebeu e merece igualmente ganhar por quase todas suas indicações; pela sua sutileza, beleza, profundidade e honra, que impede que duas pessoas que se amam acima de tudo não possam declarar esse amor um pelo outro para depois, num final perfeito onde até o mais insensível pode se debulhar em lágrimas, saber que continuarão se amando seja qualquer o obstáculo. Um filme que mostra tudo que outros grandes filmes não conseguiram demonstrar, eu vi no cinema e mais algumas vezes depois.
Nota:10




MEU ÓDIO SERÁ TUA HERANÇA (1969)
Idioma: Espanhol
Direção:Sam Peckinpah

O filme nos mostra um antigo e temido grupo de foras-da-lei do Velho Oeste, que planeja um último golpe, um assalto a um trem carregado. Mas os tempos estão mudando, as tecnologias avançando, e o estilo desses velhos criminosos pode não ser mais adequado. Mas afastar essa vida deles seria o mesmo que matá-los - e é isso que alimenta o filme.
Sem mais dicas de história, o filme é muito longo, mas tem diálogos geniais, muito bem filmado - vale a pena conferir..
Nota:9




TOP GUN –ASES INDOMÁVEIS (1986)
Idioma:Inglês
Direção:Tony Scott

Uma empolgante combinação de ação, música e uma incrível fotografia aérea ajudaram a fazer de Ases Indomáveis uma das maiores bilheterias do cinema de 1986. Ases Indomáveis, dirigido por Tony Scott, mostra o perigo e a excitação que aguarda cada piloto no curso de treinamento mais prestigiados dentro da Marinha Americana. Tom Cruise no papel de Maverick Mitchell, um arrojado jovem piloto que pretende se tornar o melhor dos melhores. E Kelly McGillis no papel da instrutora civil que ensina a Maverick algumas coisas que não se pode aprender em uma sala de aula.Mas a verdadeira razão para se gostar desse filme são as cenas de ação em vôo,perseguição de caças e exibições aéreas impressionantes, uma trilha sonora de sucesso e um grupo de jovens atores que hoje são consagrados.O filme não se compara com grandes consagrados e complexos, mas seu estilo novo de galã sensível e quem nunca se pegou cantarolando.. Take My Breath Way!
Nota:9



SATYRICON (1969)
Idioma:Italiano
Direção: Federico Fellini

Se assistirmos a esse filme com o olhar de quatro décadas atrás, é inevitável constatar que uma nuvem de moralismo e bom mocismo tem coberto a cinematografia mundial. Só se exagera na violência, fica-se sempre aquém na sexualidade. A história de Encolpius e Asciltus, dois belíssimos jovens que disputam o amor do efebo Giton, e a jornada dos meninos pelo que de mais sórdido as catacumbas e os esgotos de Roma têm a oferecer, não poupa o espectador, mas o provoca elegantemente. Mitos e lendas se confundem em paisagens e cenários surrealistas. As figuras grotescas que eram marca registrada de Fellini aqui se sucedem em quantidade e qualidade assustadoras – felizmente, ainda não imperava a babaquice politicamente correta, que hoje mobilizaria multidões à porta dos cinemas. Fellini maltratava anões e animais, explorava negros, caricaturava os homossexuais e com toda essa massa ficcional de desgraçados amalgamava o desassossego na platéia, ninguém saía indiferente de um filme seu.
É possível ser obsceno, cruel e depravado sem ser nojento, sangrento e ostensivo? Se feita a pergunta ao fantástico diretor italiano Federico Fellini a resposta sempre seria: sim. E talvez o melhor e mais alucinado exemplo de um filme que reúne todos esses adjetivos e mais um, esse filme é Satyricon, ou no título internacional, que ninguém fez questão de usar, “Os degenerados”.Adaptação livre e libertina da obra de Petronius, Satyricon é originalmente considerado uma crítica à decadência da Roma antiga, com suas orgias, seus bacanais, seus exageros, mas também uma alusão aos alucinados anos o filme ousa nas cenas de nudez, homossexualismo e sexualidade de todos os tipos.Talvez não seja o melhor de Fellini. Mas é um filme relevante e necessário para se saber que houve um tempo em que o mundo não era politicamente correto e a crítica era ácida e cruel.
Nota:9

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